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28 de mar. de 2012

Existe preconceito sim, e ele tem cor...

Columbia Pictures/George Rabito

Preconceito contra os branquinhos

O ator Paul Bettany que interpreta o albino Silas, um dos vilões do filme O Código Da Vinci

Preconceito contra os albinos Eles têm falta de pigmentação na pele, por isso, são beeem “branquinhos”. E quem nunca ouviu falar de albinismo faz cada piadinha sem graça...

Tem gente de olhos castanhos, de olhos azuis, verdes, bem pretinhos e de várias outras cores diferentes. Quando olhamos para a pele das pessoas, vemos que existem vários tons também. Assim como acontece com o tipo de cabelo e com os traços do rosto.

Cada um tem suas próprias características físicas e de comportamento: tem os mais animados, os azedos, os preguiçosos... portanto, não dá para falar que alguém é mais “normal” ou mais brasileiro do que o outro. A única coisa que podemos notar é o que é mais comum ou mais raro.

Os albinos estão nesse segundo grupo. Não é muito fácil encontrá-los pela rua. Por isso, às vezes, eles recebem injustos olhares de estranhamento vindos de quem nunca ouviu falar dealbinismo.

Em um país tropical como o nosso, cheio de gente morena, algumas pessoas ainda se surpreendem ao ver os albinos, branquinhos e de olhos azulados. Algumas têm o péssimo hábito de fazer piadinhas, brincadeiras de mau gosto e até de xingá-los na rua. Dá para acreditar? Mas isso é resultado de falta desinformação – e de educação também. Você concorda?

Agora, entenda porque os albinos têm aparência tão peculiar.

Trata-se de pessoas com ausência de pigmentação na pele e na retina, ou seja, elas não têm melanina, responsável por dar cor às partes externas do corpo eproteção à pele contra a radiação do sol. Por isso, têm olhos, pele e cabelo bem clarinhos.

O albinismo é resultado de uma herança genética rara, porque tanto o pai quanto a mãe devem ter o gene que o determina. Isso significa que não existe o menor risco de alguém se tornar albino, eles são assim desde o nascimento.

AZUIZINHOS
A retina tem dez camadas, mas os albinos tem uma a menos, por isso seus olhos são azuis. “Eles sofrem da ausência de uma camada de proteção da retina chamada epitélio pigmentar, que recebe a imagem quando olhamos para algum objeto e a transmite para outras camadas da retina que, depois, vão para o cérebro”, explica Edson Carvalho da Silveira, oftalmologista especialista em visão subnormal.

Dessa forma, eles não enxergam bem, têm fotofobia (dificuldade para enxergar na claridade) e tendem a apresentar mais astigmatismo e miopia do que a média. A grande maioria tem visão subnormal, o que, por definição, significa que, mesmo com lentes corretoras, o indivíduo tem cerca de 30% de visão.

CUIDADOS PRA LÁ DE ESPECIAIS
Os albinos têm olhos bem azuis, pele bem clara e cílios, sobrancelhas e cabelos loiros ou avermelhados, dependendo do tipo de albinismo e precisam de alguns cuidados para não se queimar, como o uso contínuo de protetor solar e blusas de mangas compridas.

O oftalmologista aconselha, também, o uso de bonés, óculos com filtros fotossensíveis e chapéus. Até a profissão deve ser bem escolhida para não afetar sua condição física. “Trabalhar no meio externo como um agricultor, por exemplo, é perigoso porque exige exposição ao sol, o que torna o albino ainda mais vulnerável a ter câncer de pele” informa o médico.

O CASO DA TANZÂNIA
Na Tanzânia (África), a vida dos albinos é mais complicada. Além de fugir dos sol forte, eles precisam fugir de outras pessoas. De acordo com a Tanzanian Albino Society (Sociedade dos Albinos da Tanzânia), uma antiga crença na região de que as partes do corpo de um albino servem para fazer poções para enriquecer rapidamente. Por isso, eles alguns chegam a andar com seguranças particulares nas ruas para não serem assassinatos, principalmente as crianças.

Segundo a Folhateen, o cadáver de um albino vale R$7.600, valor muito alto pela renda média da Tanzânia. Nos últimos dois anos, 60 albinos foram mortos, metade deles era adolescentes. Nos Estados Unidos e América do Norte uma a cada 20 mil pessoas têm alguma forma de albinismo. Na Tanzânia, esse número é de uma a cada 4 mil, cinco vezes mais.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre os albinos, informe seus amigos e ajude a diminuir o preconceito. Aproveite para comentar, aqui, o que pensa sobre o tema. Você tem coleguinhas albinos? Já viu algum tipo de desrespeito?

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/fique-ligado/conteudo_planetinha_485140.shtml